A Associação Paulista de Supermercados (APAS) participou na última quarta-feira (19 de junho) de um importante debate na Câmara de Vereadores de Campinas, no interior de São Paulo. O tema “Acessibilidade nos supermercados” trouxe à tona as dificuldades encontradas pelos deficientes visuais no momento da compra, como por exemplo, a escolha de uma marca, ter acesso às ofertas, o conhecimento dos preços e data de validade, entre outras. Há também questões que envolvem, inclusive, outros tipos de deficiência, como a altura das gôndolas, o espaço no corredor e o piso tátil.
O debate, idealizado pelo vereador Luiz Lauro Filho, que, inclusive, recebeu pedidos para a elaboração de uma lei que tratasse desta questão, contou com a presença da secretária municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Emmanuelle Alkmin; do presidente do Conselho Municipal de Pessoa com Deficiência, Devanir Lima; além do presidente do Instituto Campineiro dos Cegos Trabalhadores, Vicente Monteiro.
“Nós queremos ter independência, fazer compras no supermercado como a maioria da população, afinal, também somos consumidores”, explica o deficiente visual Devanir.
Postura da APAS
Na ocasião, o gerente Jurídico da Associação Paulista de Supermercados (APAS), Roberto Borges, que representou o presidente João Galassi, comprometeu-se a repassar todas as solicitações feitas à Associação. Porém, vale ressaltar que a preocupação acerca do tema já norteia os meios de discussão e comunicação da APAS há anos, tanto que em março de 2011 a Revista SuperVarejo (edição nº 123) fez matéria especial, denominada “O que os olhos não veem”.
Neste primeiro momento, a prioridade da APAS é reforçar – junto aos hipermercados, supermercados e também os mercados de pequeno porte – a importância de designar e capacitar um funcionário que, de prontidão, possa auxiliar as pessoas com deficiências visuais. Além, claro, de admitir o acesso de cães-guia, que já é previsto em lei.
A médio e longo prazos, a Associação acredita que a indústria, por meio de soluções tecnológicas, possa contribuir com os problemas enfrentados pelos deficientes visuais nos supermercados, sendo ideal a implantação de códigos de barras em braile nos produtos, contendo as informações mínimas para que o deficiente visual, que é um consumidor como qualquer um, possa fazer a escolha do produto desejado.