O vice-presidente e diretor de Assuntos Jurídicos e Financeiros da APAS Roberto Longo Pinho Moreno encontrou-se no início deste mês em Brasília (DF) com o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) Sussumu Honda e o ministro do Trabalho e Emprego (MTE) Brizola Neto. Em reunião, Moreno e Honda expuseram a preocupação do setor em relação às altas taxas cobradas pelas empresas operadoras dos chamados cartões agregados – meio de pagamento como vale-alimentação e vale-refeição.
“As três principais companhias do setor dominam 98% do mercado. É preciso fazer uma avaliação das regras”, afirmou Moreno. Ele explica que além das taxas elevadas cobradas, as companhias também ganham com o aluguel dos equipamentos, com a taxa anual de renovação de contrato e com o software. Os supermercados não têm outra alternativa: são obrigados a repassar a cobrança para o preço final dos produtos.
Segundo o diretor, é necessário estudar uma forma para que o trabalhador não seja tão onerado. A sugestão é de que seja concedido benefício fiscal para o setor supermercadista. “As taxas devem ser pagas pelas empresas de cartão e pelos empregadores. Já entregamos um ofício ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com este pedido e em breve haverá nova reunião. O ministro está avaliando as informações”, completou.
Associação capixaba
Também participaram da reunião em Brasília o vice-presidente da Abras e membro do Conselho Deliberativo da APAS Marcio Milan; o assessor da Abras José Milton da Silva; o diretor financeiro do Yamada Supermercados Fábio Antonio de Oliveira; e o presidente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) João Carlos Devens. No Espírito Santo, um acordo foi firmado em julho entre a empresa Alelo, administradora do tíquete de alimentação Visa Vale, e os supermercadistas. Na época, a Acaps havia ameaçado suspender o Visa Vale devido a um aumento na taxa de faturamento sem negociação prévia com os empresários, ocasião em que também anunciou acordo com o Banco Banestes para implantação do vale-alimentação nos supermercados do Estado, a uma taxa de 1,48%, considerada a mais baixa do País.
Da esp. Para a dir.: Marcio Milan (vice-presidente Abras), João Carlos Devens (presidente da Acaps), Sussumu Honda (presidente da Abras), o ministro Brizola Neto, Roberto Longo Pinho Moreno (vice-presidente APAS), Fábio Antonio de Oliveira (CFO do Yamada Supermercados) e José Milton (Assessoria de Apoio Parlamentar da Abras Brasília)