Atenta às ações de falsificação de boletos bancários de empresas, a Associação Paulista de Supermercados (APAS) enviou um comunicado aos seus associados, informando-os e alertando-os sobre este crime que está ocorrendo em vários segmentos do comércio de todo o País, incluindo os supermercados do Estado de São Paulo. O diretor de Assuntos Jurídicos e Financeiros da APAS, Roberto Longo Pinho Moreno, e o gerente Administrativo Eduardo Ariel Grunewald reuniram-se na semana passada com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) – o diretor técnico Adjunto Walter Tadeu Pinto de Faria e o assessor de Serviços Bancários John Alessandro Dias – e apuraram as recomendações para que o consumidor se previna contra o golpe.
A APAS busca também o apoio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e de outras associações para obter uma ampla divulgação sobre essa modalidade de delito e cobrar investigação e punição dos criminosos pela Polícia de São Paulo. “Este é um golpe que lesa os supermercadistas e os consumidores. Queremos desenvolver em conjunto com outras entidades medidas que possam prevenir esse tipo de fraude, sensibilizando as autoridades para combatê-lo”, afirma o diretor Roberto Longo.
Quando o código de barras é passado no leitor, ele captura e converte as barras pretas em 47 números, que identificam o valor da conta, a data de vencimento, quem está pagando e para onde vai o dinheiro. A fraude funciona da seguinte maneira: os golpistas trocam a numeração do código de barras do boleto bancário e o dinheiro pago, em vez de ir para a empresa que prestou o serviço, vai para a conta corrente dos criminosos.
Recomendações
Em reunião com a Febraban, a APAS apurou as recomendações para evitar o golpe, entre elas negociar com o fornecedor para que encaminhe a cobrança registrada, evitando cobrança simples; utilizar o DDA – Débito Direto Autorizado (mais informações acesse aqui) e fazer a conferência do tipo de letra (fonte, corpo, tamanho) descrita nos campos “Agência/Código cedente” e “Nosso Número”, no lado superior direito do boleto.
Em reportagem ao Portal G1, o delegado Eduardo Gobbetti disse que o prejuízo chega a mais de R$ 2,5 milhões. A maioria das vítimas são hospitais e universidades que pagaram a conta em dia, mas o dinheiro não foi para o verdadeiro destinatário. “O valor cai na conta de uma terceira pessoa, de uma outra conta corrente”, afirmou.
