A Associação Paulista de Supermercados (APAS) levou ao Ministério da Fazenda a reinvindicação do setor sobre as altas taxas de operação dos cartões de alimentação e refeição. O diretor de Assuntos Jurídicos e Financeiros da APAS, Roberto Longo Pinho Moreno, reuniu-se nesta segunda-feira (22 de abril), em Brasília (DF), com representantes do governo para falar sobre as dificuldades do setor paulista.
“Fomos apresentar nossas dificuldades e solicitar melhores taxas para praticar nas lojas. O Ministério da Fazenda comprometeu-se a avaliar a situação e apresentar alternativas”, afirmou ele. Além das taxas de cartão alimentação e refeição, a APAS reivindicou uma taxa fixa para os cartões de crédito e débito, como já acontece em outros países.
Estiveram presentes o gerente Administrativo da APAS Eduardo Ariel Grunewald; o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério Pablo Fonseca Pereira dos Santos; o coordenador-geral de Comunicação e Mídia da Secretaria de Acompanhamento Econômico Marcelo de Matos Ramos; e Tiago Correia, representante do Ministério.
Setor
Há um ano a APAS sinaliza seus associados quanto às taxas abusivas. De acordo com o presidente da entidade João Galassi, a taxa efetiva (taxa de administração + custo financeiro em função do prazo) sobre o custo dos produtos pode passar de 10%. Em alguns casos, somente a taxa de administração chega a 10%, enquanto o lucro no segmento de supermercados é de aproximadamente 2%. Dessa maneira, na opinião do presidente, um ajuste no sistema de tíquete-alimentação, a ser feito pelo governo, é uma necessidade premente. “O sistema está desvirtuado”, ressalta.
A expectativa do setor é que o governo possa, assim como fez com a desoneração dos preços dos produtos da cesta básica, oferecer mais esse benefício ao consumidor brasileiro.
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