O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS/FIPE, apresentou alta em dezembro de 2,2% e, assim, o ano de 2020 fechou com uma alta acumulada de 15,02%. A Associação Paulista de Supermercados (APAS) destaca que os principais fatores que contribuíram para este aumento são reflexos da pandemia, como a desvalorização do Real, a exportação de grãos utilizados majoritariamente para ração, como a soja e o milho, o encarecimento dos custos de produção puxado pela alta no preço da energia elétrica, o aumento no custo dos combustíveis impactando o transporte e o aumento expressivo da demanda para o consumo caseiro.
As carnes bovina e suína registraram altas de 16,3% e 31,5%, respectivamente. Como fatores de aumento dos preços, o crescimento dos custos de produção, entre eles o aumento do preço da soja e milho, de mais de 60%, que são os insumos da ração animal, afetaram de maneira expressiva os preços das carnes. Aliado a isso, a demanda internacional também contribuiu porque as exportações têm sido impulsionadas pelo câmbio mais desvalorizado do Real frente ao Dólar. Os preços dos produtos industrializados fecharam 2020 com alta de 14,50%, impactados principalmente pela elevação dos preços dos Derivados do Leite (15,60%), Leite em Pó (20,14%) e o Queijo Mussarela (35,55%).
Com o aumento dos cortes mais conhecidos, os consumidores têm buscado alternativas com valores mais atrativos e os supermercados paulistas tem observado um aumento das vendas de corte de carnes menos conhecidos. Confira Aqui na matéria da Globo Rural.