A Associação Paulista de Supermercados (APAS) recebeu no dia 26 de agosto, na Sede da Associação, em São Paulo, a visita do subsecretário Estadual de Energias Renováveis Milton Flávio Lautenschlager. Na ocasião, foi discutida com o gerente Administrativo da APAS, Eduardo Ariel Grunewald, uma possível parceria com os supermercados associados para a implantação da energia fotovoltaica (eletricidade gerada a partir da luz solar). De acordo com o subsecretário, uma das metas do Plano Paulista de Energia (PPE), lançado em julho, prevê ampliar dos atuais 56% para 69% a participação de fontes renováveis na matriz energética do Estado até 2020.
Lautenschlager explicou que hoje o uso deste tipo de energia é mínimo no Brasil – menos de 1%, ao contrário de países como Japão, Estados Unidos e Alemanha – mas a tendência é o aumento da capacidade de geração da energia solar nos próximos cinco anos. Até 2050, espera-se que a energia solar forneça 11% da produção global de eletricidade, correspondendo a 3.000 gigawatts (GW) de capacidade instalada, conforme prevê a Agência Internacional de Energia. Ele acredita que a parceria será de grande valia, uma vez que reconhece o comprometimento da APAS com a sustentabilidade. “Os supermercados possuem grandes áreas cobertas e de estacionamento, por isso podem apostar no uso desta fonte renovável”, disse.
O assunto será levado para discussão com os diretores da APAS Erlon Godoy Ortega (Sustentabilidade) e Maurício Cavicchiolli (Responsabilidade Ambiental). A ideia é, após formalizada a parceria, definir um projeto piloto, disponibilizando aos associados a linha de crédito Economia Verde, da Desenvolve SP, com prazo maior de financiamento – hoje é de até 10 anos, mas a Secretaria de Energia estuda com a Agência de Fomento a ampliação para 16 anos, bem como a redução da carga tributária do equipamento, junto à Secretaria Estadual da Fazenda. Essas são medidas que colaboram para a viabilidade da implantação do sistema fotovoltaico no Brasil.
“O objetivo é que o retorno do investimento seja viável. O valor da parcela do financiamento, por exemplo, deve ser semelhante ao valor da conta mensal de energia”, afirmou o subsecretário. Além disso, é importante que o supermercado tenha um prazo posterior à quitação para utilizar o sistema fotovoltaico já amortizado; como os painéis solares têm vida útil de pelo menos 25 anos, haverá sobra de 10 anos. A energia que sobra pode ser vendida à distribuidora, conforme prevê a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Leia mais sobre a Linha Economia Verde aqui.
Legenda da foto acima: Eduardo Ariel Grunewald (gerente Administrativo da APAS) e Milton Flávio Lautenschlager (subsecretário Estadual de Energias Renováveis)