Cerca de 300 pessoas reuniram-se na manhã desta quarta-feira (13 de abril) no Espaço APAS Centro de Convenções, em São Paulo, para um debate sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), regulamentada pela Lei 12.305/2010. Na abertura do encontro, Paulo Nigro, presidente da Tetra Pak, ressaltou que a PNRS é uma oportunidade ímpar de unir os âmbitos econômico, social e ambiental – e foi essa a lógica seguida também pelo evento, que promoveu uma mesa-redonda com representantes das diversas esferas.
“A quinta maior preocupação do brasileiro é o meio ambiente. Nós estamos em linha com o pensamento encontrado em outros países, mas não com a ação. Esta lei ficou anos engavetada e sua implementação é uma oportunidade de sairmos da inspiração para a transpiração”, disse Nigro.
Idealizado pela Envolverde, o encontro contou, além de Nigro, com a participação de Samyra Crespo, secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA); Silvano Costa, secretário de recursos hídricos e ambiente urbano do MMA; Dal Marcondes, representante da Envolverde; Lisa Gunn, consultora de meio ambiente do Idec; André Vilhena, diretor do Cempre; Paulo Pompílio, diretor de Responsabilidade Socioambiental do Grupo Pão de Açúcar; Fernando Von Zuben, diretor de meio ambiente da Tetra Pak; Roberto Laureano, coordenador do Movimento Nacional dos Catadores; Amélia Gonzalez, jornalista do “O Globo”; Maristela Crispim, jornalista do “Diário do Nordeste”, e Célia Rosemblum, jornalista do “Valor Econômico”.
Durante algumas horas os especialistas puderam apresentar as metas a serem alcançadas por meio da união da responsabilidade compartilhada, da logística reversa e de acordos setoriais. A intenção é minimizar a geração de resíduos sólidos e rejeitos e incentivar a reciclagem. “A expectativa é que os 2% de resíduos desviados de aterros para a reciclagem que temos hoje se tornem 30% em 2014. Se conseguirmos incluir os resíduos orgânicos, esse desvio pode chegar a 70%, aliviando os aterros”, explicou Silvano Costa.
Na mesa-redonda, os participantes apontaram a necessidade de treinamento das pessoas que trabalham com reciclagem e, principalmente, de conscientização do consumidor, ponto com o qual a APAS pode contribuir diretamente.
“Nós estamos na linha de frente dessa batalha. Temos uma grande responsabilidade com o consumidor, que precisa ser orientado a separar o lixo orgânico do reciclável”, afirmou o vice-presidente e diretor de Sustentabilidade da APAS, João Sanzovo, que, no encontro, conversou com Samyra Crespo para apresentar ao MMA os resultados da campanha da APAS de erradicação das sacolas plásticas em Jundiaí.
“O evento superou nossas expectativas e proporcionou o encontro de diversos segmentos, entre eles o setor supermercadista, que é fundamental para a mudança proposta pela lei. É um setor com legitimidade para propor aos fabricantes produtos mais sustentáveis e percebe-se que tem feito isso, por exemplo, garantindo a participação na gôndola de produtos com embalagens econômicas”, finalizou Dal Marcondes.
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