61,2% dos paulistanos têm intenção de comprar produtos no último trimestre desse ano, superando os 56,2% consolidados no trimestre anterior. Houve um crescimento em relação ao ano passado, de 24,4 pontos percentuais. É o que constata a Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra no Varejo (antiga Série Expectativa de Consumo), publicada hoje pelo Provar (Programa de Administração de Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Canal Varejo – Consultoria em Varejo de Bens e Serviços
A pesquisa foi realizada junto a 500 consumidores da cidade de São Paulo, entre 10 e 25 de setembro de 2007, que foram indagados sobre os produtos que pretendiam comprar nos próximos três meses. São investigadas as expectativas em relação à compra das seguintes categorias de produtos: Linha Branca, Eletroeletrônicos, Telefonia e Celulares, Informática, Eletroeletrônicos, Automóveis, Cine e Foto, Material de Construção, Cama, Mesa e Banho, Móveis, sendo a novidade desta edição a inclusão da categoria Eletroportáteis em substituição à de Autopeças.
O percentual de pessoas sem intenção de compra ficou abaixo do patamar em que se encontrava na mesma época do ano passado (63,2%). Segundo Cláudio Felisoni, coordenador geral do Provar, “o incremento nos índices de intenção de compra está alinhado com o crescimento de vendas do varejo apurado pelo IBGE”. Comparativamente ao trimestre anterior, o percentual de consumidores que não pretendem comprar produtos dos segmentos pesquisados baixou de 43,8% para 38,8%.
O estudo mostra que a proximidade das festas de final de ano, a redução da taxa básica de juros da economia e a valorização do real influenciaram diretamente as intenções de compra. “Foi registrado também um excelente resultado do varejo brasileiro nos sete primeiros meses de 2007, em relação ao mesmo período do ano passado, outro item que contribuiu foi o expressivo incremento do crédito, tornando mais otimistas ainda as previsões dos varejistas”, conclui Felisoni.
Entre os itens listados pelos entrevistados como possíveis candidatos às compras deste período estão os produtos do segmento de Telefonia, 11,8%, Linha Branca 10,2%, Informática 8,8% e Eletroeletrônicos 8,8%, deve-se, em parte, às sucessivas quedas verificadas no valor cambial do dólar. Muitos dos componentes dos produtos destes segmentos são atrelados à referida moeda e tal situação pode estimular a aquisição dos referidos produtos.
De maneira geral, percebe-se que a maioria dos segmentos apresentou elevação na intenção de compra em relação ao trimestre anterior (exceção às categorias Material de Construção, Móveis e Cama, Mesa e Banho), mantendo-se com patamares elevados de consumo.
Em relação à quantia que os consumidores pretendem gastar, o setor de Linha Branca teve o crescimento 32,3% nesta quantia, passando de R$ 745,88, no ano passado para R$ 986,47. Já o setor de Material de Construção teve uma queda acentuada de valores 26,2%, a intenção de gastos passou de R$2750, 65 para R$ 2.030,90, comparado com o ano passado.
Um dos aspectos a considerar é o nível de endividamento do consumidor, que pode atuar como fator inibidor para a contração de novas dívidas. Os resultados destacam a relevância do crédito para a aquisição destas categorias, sendo a intenção de contratação de crediário mais elevada para os bens de maior valor como Automóveis, Linha Branca, Eletroeletrônicos e Móveis.