O crescimento da classe média com a incorporação de parte das categorias D e E, o aumento do poder de compra e o fortalecimento da economia no Brasil e em outros países da América Latina forçarão o varejo a promover uma reestruturação, na visão de Eduardo Ragasol, presidente da Nielsen.
“O avanço no poder de compra obriga o varejo a se reinventar. Quando tínhamos hiperinflação no Brasil, as compras eram feitas uma vez ao mês, na ocasião do recebimento do salário, para que o dinheiro não perdesse o poder de compra. Com a estabilidade econômica, o hábito se alterou. As compras passaram a ser feitas quinzenalmente, semanalmente e, hoje em dia, 11% dos brasileiros passam por alguma loja todos os dias”, disse Ragasol durante palestra no 27º Congresso e Feira Internacional de Gestão em Supermercados – APAS 2011.
De acordo com o executivo, a aproximação com os clientes será fundamental para a manutenção e expansão dos negócios, que devem seguir algumas tendências: atacarejos para os consumidores que buscam reposição de produtos, farmácias bastante diversificadas para compradores mais sofisticados e sem tempo, e lojas personalizadas e de tamanhos menores para shoppers à procura de variedade e economia.
