As mudanças na higienização das lojas promovidas por conta da pandemia e as novas tecnologias disponíveis para os supermercados foram os temas abordados no Webinar APAS, do último dia 9, que reuniu Roberto Longo, Vice Presidente da rede Sonda Supermercados, Cristiane Takagui, do Supermercado Saúde, e Vera Borrasca, especialista em controle de infecção e gestão de risco, com moderação de Alexandre Momesso, sócio da Consultoria Sanity.
Um dos principais produtos comprados desde março, início da pandemia, é o álcool em gel e, por isso, diversas marcas passaram a produzi-lo e disponibilizar nas prateleiras dos supermercados. Segundo Vera Borrasca, o consumidor precisa estar atento ao fato de que a qualidade deste produto só pode ser percebida ao tocar na pele. “É importante dar preferência aos produtos feitos por empresas idôneas, que são referência nesta categoria”, disse a especialista durante o webinar APAS.
Diante da explosão de novas marcas oferecendo álcool em gel, percebe-se em alguns casos pessoas misturando hidratante ao produto a fim de minimizar ressecamentos na pele. Porém, a especialista em infectologia ressalta que não devemos alterar produtos. “Todos têm sua química de composição que foi usada para atingir objetivos e, portanto, não sabemos o resultado da alteração do produto. Se está gerando muito ressecamento das mãos, o melhor é trocar o produto”, explicou.
Máscara e temperatura
De olho na contenção do Coronavírus nos pontos de venda, a abordagem junto ao consumidor deve estar mais clara, principalmente em relação ao uso obrigatório de máscara. “A legislação obriga o consumidor e todos os colaboradores a usar máscara para entrar na loja, mas se o cliente estiver sem, o recomendado é tentar convencê-lo, explicando os benefícios. Caso ele tente forçar a entrada, é preciso acionar a polícia”, alertou Roberto Longo, Vice Presidente da rede Sonda Supermercados.
Já em relação ao aferimento de temperatura na entrada das lojas, Longo explica que o consumidor tem o direito de se opor já que não há legislação obrigando os consumidores a deixar medir sua temperatura. “A atitude é legal, mas serve apenas para orientar o cliente de que ele pode estar doente, mas não podemos impedi-lo de entrar na loja”, afirmou.
Para Vera Borrasca, aferir a temperatura dos funcionários faz mais sentido porque eles estão na loja por tempo prolongado. “É preciso entender que a temperatura dos consumidores pode variar de acordo com nuances referentes ao ambiente em que ele estava antes de chegar ao supermercado”, apontou especialista em controle de infecção e gestão de risco.
Novos equipamentos
Com a tecnologia avançando a partir de mecanismos mais modernos, diversas redes investem em novos equipamentos que, aparentemente, trazem maior segurança para quem frequenta o ponto de venda. Os aparelhos que aplicam raios UV nos produtos, por exemplo, devem ser sondadas depois que houver plena consciência por parte da operação sobre as quatro ações mais importantes para garantir a higiene e a segurança de todos: higienização das mãos, uso de máscara, distanciamento e limpeza de superfícies de toque.
“Estas são as ações de prevenção que todos devem fazer e, ao garantir que elas sejam mantidas, pode-se pensar em usar outras tecnologias que terão impacto de Marketing, trazendo maior sensação de conforto para a população”, salientou Vera.
Segundo Roberto Longo, a implementação de barreiras de acrílico nos checkouts é obrigatória em alguns municípios de São Paulo e, para Vera Borrasca, esta é uma das grandes medidas adotadas nas lojas para barrar a contaminação entre pessoas. Assim como as barreiras, as máscaras de acrílico, ou face shield, funciona da mesma forma, mas seu uso deve ser associado às máscaras para melhorar a eficácia.
Outro ponto abordado por Roberto Longo foi a higienização e controle de entrada e saída de veículos no estacionamento dos supermercados, já que na maioria das lojas é preciso apertar o botão para levantar a cancela. “A orientação da APAS é retirar esse botão para evitar criar foco de contaminação.