Com a evolução do conhecimento sobre o Coronavírus, as recomendações de saúde se alteram e isso causa certa confusão tanto para os consumidores quanto para os supermercadistas e colaboradores. Por isso, a Associação Paulista de Supermercados (APAS) realizou no dia 8 de abril o webinar “Coronavírus e Operação de loja”, com a participação de Vera Borrasca, especialista em infectologia, e diretores da APAS distritais e regionais.
O objetivo desta transmissão online foi percorrer os principais pontos de atenção em relação à operação das lojas para evitar o contágio do novo coronavírus. De acordo com a especialista, trata-se de um vírus que pode contagiar pessoas nos supermercados por contato direto ou em superfícies como metal e plástico, onde o vírus sobrevive até três dias.
Portanto, segundo Vera, uma das medidas de prevenção nas lojas deve ser baseada no risco de transmissão entre pessoas. “Controlar fluxo de pessoas é garantir o distanciamento e, além de barreiras físicas nos caixas, precisamos pensar nas outras áreas da loja”, disse Vera Borrasca, durante o webinar.
Superfícies e máscaras
Além da higiene das mãos ser a melhor medida, a limpeza de superfícies também deve estar no radar e ter atenção redobrada nas áreas de contato. “Maçanetas, controles de aparelhos eletrônicos, caixa eletrônico, assim como carrinhos e cestas de compra. Nos carrinhos, a barra de apoio sempre deve estar higienizada com Álcool 70% ou água sanitária”, explicou a especialista.
O tempo de vida útil das máscaras também esteve entre os pontos questionados pelos associados da APAS e, de acordo com Vera, na área da saúde a recomendação sempre foi usar por, no máximo, duas horas cada máscara. “Se todos usarem será mais eficiente, lembrando que a máscara restringe o vírus que sai da pessoa e não o que vem do ambiente para ela”, disse.
O prazo médio para a higienização de bancadas de açougue, padaria e FLV deve seguir um entendimento do risco de cada setor da loja. Cabe aos gestores ter a percepção de onde deve aumentar a frequência de limpeza no supermercado. “É necessário ter o entendimento do risco. O indicado seria três vezes por dia, que é o recomendável em áreas de pouco risco. Já na esteira dos caixas e balcões, talvez o ideal seja higienizar após cada cliente”, contou a especialista em infectologia.