Brasileiros com renda de um a três salários mínimos começam a ter consciência de que são consumidores ativos e, por isso, consideram o bom atendimento como um dos fatores decisivos na hora das compras. A conclusão é de pesquisa, realizada com 350 pessoas, do especialista em varejo de baixa renda Sérgio Nardi, para o desenvolvimento do livro “Atendimento de Sucesso”.
Dos consumidores desse segmento da população entrevistados na cidade de São Paulo, 90,9% colocaram o atendimento como fator de influência na compra. “Esse consumidor sempre ficou afastado da dinâmica de consumo. Antes do Plano Real, era um consumidor reativo e não tinha possibilidades de escolha e, com a estabilidade econômica, passou a consumir de maneira efetiva”, afirma. A partir desse momento, o consumidor de baixa renda passou a ter consciência da sua importância, exigindo um atendimento que o fizesse sentir inserido no universo do consumo.
Segundo a pesquisa, 51,7% dos consumidores preferem um bom atendimento a uma localização estratégica da loja, priorizada por 48,3% dos entrevistados que pertencem a esse segmento da população.
Estacionamentos, serviços de entrega e variedade de produtos ficam em segundo plano frente ao atendimento para 41,1% dos entrevistados. Até o preço acaba ficando em outras posições da lista. “O preço geralmente não é fator tão importante para ele, porque não tem subsídios para buscar o menor preço total de um produto. O que conta é se o valor da parcela de um crediário cabe no bolso”, completa Nardi.
Fonte: InfoMoney
