O FIB Brasil, fundo administrado pela BR Investimentos, adquiriu 30% do capital da rede Hortifruti, dona de 21 lojas no Espírito Santo e no Rio de Janeiro e cujo faturamento foi de R$ 440 milhões no último ano. O negócio marca a estreia da BR no segmento de varejo.
Com a chegada do novo sócio, a rede terá R$ 160 milhões em investimentos para dobrar de tamanho nos próximos cinco anos. A inauguração de lojas em São Paulo faz parte dos planos – a empresa testou o mercado paulistano há dois anos, porém não obteve sucesso. “Naquela época, nosso sócio local não quis investir na expansão e acabamos abrindo mão das três lojas na cidade. Mas agora vamos abrir até oito pontos na capital paulista a partir de 2011 para que a marca conquiste visibilidade”, afirma Tiago Miotto, presidente do Hortifruti. Além disso, a empresa planeja reforçar sua presença nas praças fluminense e capixaba. A meta deste ano é chegar a R$ 480 milhões em vendas.
A Hortifruti adotou práticas de governança corporativa há cerca de três anos. A empresa é controlada por três holdings que reúnem a família de cada fundador. Hoje, a holding de Lopes tem 33% do capital, a de Fachetti, 29% e, a de Hertel, 8%. Os três estão no conselho, enquanto a administração ficou com Miotto, sobrinho de Fachetti, que começou como fiscal de caixa.
A mudança na gestão teve como objetivo atrair sócios investidores para dar novo impulso à expansão. Ao mesmo tempo, a Hortifruti investiu na reestruturação das suas operações. Nos últimos 15 meses, a empresa promoveu mudanças que geraram economia de R$ 9 milhões no seu orçamento anual. A redução nos custos atingiu desde a logística, envolvendo seus quatro centros de distribuição e a frota, de 120 caminhões, até a apresentação dos produtos nas gôndolas. O abastecimento de folhagens, por exemplo, acontece duas vezes ao dia.
Fonte: Valor Econômico
