A maioria dos brasileiros, 77%, consideram sua situação financeira boa ou excelente para os próximos meses, o percentual mais elevado da América Latina. É o que mostra a pesquisa de Confiança do Consumidor do 3º trimestre, realizada pela Nielsen. No trimestre anterior, esse índice era de 73%. Já a Argentina apresenta apenas 43% da população considerando suas finanças pessoais entre excelente e boa.
Na mesma tendência, a confiança do consumidor brasileiro também cresceu quatro pontos, atingindo 110, também acima da média da América Latina, com 94. Consequência desta confiança é a forma que o consumidor pretende gastar o dinheiro excedente: 41% vai utilizar com entretenimento fora do lar, prioridade que no trimestre passado era quitar dívidas e empréstimos.
“De um trimestre para outro a prioridade de gasto do brasileiro mudou, acompanhando a recuperação de curto prazo da economia nacional em geral. A aposta do governo em ações de incentivo ao consumo, aliada à manutenção de baixas taxas de desemprego, torna o brasileiro ainda mais confiante para gastar com opções consideradas mais supérfluas”, afirma o analista de mercado da Nielsen, Claudio Czarnobai.
Enquanto a maior preocupação na América Latina é a estabilidade com o emprego (18%), o brasileiro se diferencia novamente e tem como primeira preocupação o equilíbrio no trabalho e na vida, com 20%, e logo em seguida com a saúde, com 17%. Educação e sustento dos filhos e economia estão na terceira e quarta posição, com 11% e 10%, respectivamente.
“Apesar das oscilações ao longo do ano, o brasileiro mantém alta confiança no seu poder de compra e na economia nacional, porém, atento com reduções de despesas. O maior nível de preocupação com saúde e educação do que o restante da América Latina reflete nitidamente os problemas estruturais do país, que são grandes entraves para um crescimento econômico ainda maior”, ressalta Czarnobai.
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