A classe média brasileira deve movimentar neste ano R$ 1 trilhão, segundo estimativas do Governo Federal. São 104 milhões de brasileiros, ou 53% da população total do país. Há dez anos, eram 38%. Se esse contingente de pessoas formasse um país isolado, ocuparia o 18° lugar no ranking das 20 nações com maior consumo do mundo – o “G20 do consumo”, segundo dados do Banco Mundial.
Em 2011, o PIB brasileiro foi de R$ 4,1 trilhões em valores correntes. Quando considerado o critério de países mais populosos do mundo, o Brasil aparece como o quinto maior. “Se a classe média brasileira isoladamente fosse um país, seria o 12º mais populoso do mundo, após o México”, diz o ministro Moreira Franco, da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. “A adversidade é grande nesse grupo, por isso a meta é entender essa faixa de renda para desenvolver políticas públicas customizadas, econômicas e sociais.”
A SAE definiu critérios para classificar a população por faixa de renda. Pertencem à classe média famílias com renda per capita de R$ 291 a R$ 1.019. Essa classe foi dividida em três subgrupos: a baixa classe média (renda per capita de R$ 291 a R$ 441), a média (de R$ R$ 441 a R$ 641 por pessoa) e a alta classe média (de R$ 641 a R$ 1.019).
Na estimativa de que a classe média deve movimentar R$ 1 trilhão no ano, os técnicos consideram projeções feitas partir das contas nacionais divulgadas pelo IBGE. O cálculo considera produtos e serviços consumidos, além do crédito disponível para essa faixa de renda.
A maior parte da renda da classe média (46,1%) está no Sudeste. Dados do instituto Data Popular, que participa do projeto, mostram que o Nordeste representa 22,2%, o Sul com 16,4%, o Centro-Oeste 8,4%, e o Norte 6,9%.
Fonte: Jornal Folha de S. Paulo
