Os consumidores brasileiros da base da pirâmide social, isto é, pertencentes às classes C2 e baixa (D e E) e com renda média familiar de até 933 reais, assumem cada vez mais um papel fundamental no futuro da economia. Esses consumidores, que vão com mais frequência ao ponto de venda e que juntos, pelas categorias analisadas, contribuíram com 65% de todo o crescimento do consumo, são os responsáveis pelo forte impulso do consumo no País. É o que divulgou a Nielsen Brasil nesta terça-feira (15 de março), em coletiva de imprensa realizada no Espaço APAS Centro de Convenções.
De acordo com a pesquisa “Mudanças no Mercado Brasileiro 2011”, o varejo apresentou crescimento de 5,7% em volume e 5,5% em valor no ano de 2010, com destaque para os supermercados de pequeno e médio porte e o “atacarejo”.
Das categorias auditadas pela Nielsen – no total a empresa mede o comportamento de vendas de 139 tipos de produtos em 15 Estados brasileiros, que representam 6% do PIB brasileiro (R$ 215 bilhões) – os destaques ficaram com as bebidas (alcoólicas e não-alcoólicas) e os alimentos perecíveis.
O levantamento revela que o brasileiro está cada vez mais disposto a experimentar novos produtos, que estimulem novos usos e mudem seus hábitos, como shampoos e biscoitos.
Estratégias vencedoras
A Nielsen também pesquisou as estratégias dos fabricantes que mais se destacaram nos últimos dois anos. Entre os top 40 fabricantes, que cresceram 7,4% e faturaram 195 bilhões em 2010, os 10 primeiros contribuíram com R$ 9,4 bilhões adicionais. Dentre esses fabricantes, os que mais cresceram foram as empresas com foco em inovação e execução.
