A cena é muito comum. Enquanto o caixa registra as compras do cliente da frente, alguns produtos que estão ali ao alcance dos olhos saltam para dentro do nosso carrinho ou cesta, quase imperceptíveis. Essa é a compra por impulso, que garante aos fabricantes um crescimento de 50% nas vendas, se comparado com o faturamento do mesmo tipo de produto exposto em uma prateleira qualquer.
“O caixa é um ponto de venda excelente para determinados tipos de produtos”, afirma Martinho Paiva Moreira, vice-presidente de Comunicação da Associação Paulista de Supermercados (APAS), sobre a estratégia de vendas que chegou ao país há 30 anos, seguindo um modelo americano de promoção dos anos 1950.
“São produtos que geralmente não estão na lista de compras, mas naquele momento pode chamar a atenção do consumidor, como uma revista que ele vê a capa e decide pela compra”, disse Guilherme de Almeida Prado, presidente da Associação de Marketing Promocional (Ampro).
Na opinião de Caio Camargo, executivo da Gad’Retail e professor de visual merchandising, para funcionar, a estratégia de venda de produtos no caixa pode ser vista como um recado do supermercado para o cliente. Para especialistas do setor, a potencialização das vendas no checkout só ocorre com os chamados produtos de impulso, como balas, pilhas, aparelhos de barbear descartáveis e chocolates.
Fonte: Diário de S. Paulo
