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O faturamento da indústria de cartões de crédito deve atingir R$ 101,4 bilhões entre janeiro de julho deste ano, o que equivale a uma expansão de 18,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Só neste mês, a receita deve chegar a R$ 15,6 bilhões, com aumento de 20,1% ante julho do ano passado. O montante acumulado nos sete primeiros meses do ano supera o faturamento total registrado em todo o ano de 2004 e, segundo previsão da Itaú Cartões, confirma a estimativa de crescimento de 20% no faturamento total deste ano, para R$ R$ 188 bilhões.
Fernando Chacon, diretor de marketing dos Cartões Itaú, afirma que essa estimativa anual pode, inclusive, ser revista para cima a partir do próximo mês, após confirmação de dados financeiros de empresas do setor que estão em período de silêncio devido à condição de abertura de capital, como a Mastercard, em Nova York, e a Redecard, no mercado doméstico.
No final deste mês, a previsão é de que o número de plásticos em circulação no país terá crescido 17% em relação ao mesmo mês de 2006, para 83,8 milhões de cartões de crédito. O gasto médio por compra deve ficar em R$ 92, acima dos R$ 90 registrados por operação um ano antes. Esse ticket médio, entretanto, pode, na opinião de Chacon, diminuir ao longo do tempo.
Segundo ele, como o uso do cartão está cada vez mais freqüente, devido à substituição do hábito de pagar pequenas compras com dinheiro, a tendência é que o desembolso médio por operação deve ficar um pouco menor, embora o número de transações cresça.
Essa migração de meios de pagamento continua sendo a principal justificativa para uma expansão continuada de dois dígitos no faturamento dessa indústria. Para Chacon, no entanto, o crescimento do país, embora pequeno, contribuiu significativamente para um crescimento exponencial da indústria.
Para o mês que vem, que inclui o dia dos Pais, Chacon prevê uma nova alta de 20% em relação a faturamento de agosto do ano passado (que foi de R$ 13,3 bilhões). Apesar desse aumento, sobretudo junto a população de baixa renda, o executivo afirma que a taxa de inadimplência no setor não cresceu. Mesmo sem fornecer números atuais, Chacon afirma que a tendência dessa taxa é de ligeira queda.
Fonte: O Globo Online