Artigo do presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS) João Galassi publicado nesta terça-feira (20 de março) no jornal A Tribuna, de Santos, aborda projeto de lei que restringe a venda de jornais e revistas às bancas de Santos, no litoral paulista. Ele defende o livre direito de escolha dos cidadãos.
A acirrada competição no setor de supermercados tem trazido contribuição importante para a economia. Ao longo de sua história, os supermercados vêm aprimorando a negociação com fornecedores para aumentar a competitividade, e a maior parte desses benefícios são divididos com os consumidores. Quanto mais descontos os varejistas conseguem na hora de comprar, mais descontos repassarão aos produtos na hora de vender.
Essa é lógica da concorrência entre supermercados. Mas este setor já não compete apenas entre seus pares. “A disputa pelo consumidor se dá com farmácias, padarias, bancas de jornais, hortifrútis e sacolões, açougues e rotisserias, entre outros segmentos. A democratização dos espaços veio beneficiar o consumidor, que supre suas necessidades de bens de largo consumo onde for mais conveniente e onde oferece os serviços que ele aprecia”, explica o presidente da APAS João Galassi.
O círculo virtuoso do varejo, se quebrado, pode deturpar toda a lógica dos negócios e trazer consequências para a economia e a sociedade. “Isso acontece quando há alguma restrição à livre concorrência. É o que vemos agora em Santos, por meio de um projeto de lei que pretende restringir a venda de jornais e revistas às bancas”, conta Galassi.
“Como representante do setor de supermercados, que há alguns anos abriram as portas às editoras para a venda de jornais e revistas, o que antes de tudo é uma prestação de serviço aos consumidores, entendo que o segmento dos jornaleiros não precisa de leis protecionistas em seu benefício para prosseguir competindo. A variedade de pontos onde o consumidor pode se abastecer é o que ajuda a evitar distorções nos preços e a ampliar os serviços. E mais, possibilita ao consumidor a liberdade de exercer seu direito e fazer democraticamente suas escolhas”, conclui o presidente.
