Segundo o levantamento Global Online Consumer Confidence, divulgado nesta quinta-feira (13), o otimismo entre os consumidores brasileiros saltou 14,4% entre maio e novembro, indo de 90 para 103 pontos.
O desempenho do Brasil vai na contramão do registrado no restante do mundo, onde a confiança média dos consumidores registrou uma queda de 97 para 94 pontos nesse período.
“Os brasileiros têm muitas razões para estarem otimistas”, disse o presidente da AC Nielsen Europa (que realizou o levantamento), Patrick Dodd. “A moeda brasileira se valorizou 21% nos últimos 12 meses, as taxas de juros estão caindo, há crédito amplamente disponível, a produção industrial está no seu nível mais alto em anos e a inflação está estável”.
“A alta demanda e os altos preços das commodities brasileiras de exportação também estão impulsionando o crescimento doméstico, e os consumidores podem gozar de um padrão de vida que não experimentaram antes”, completou.
No restante do mundo, a Nielsen constatou uma preocupação com a conjuntura econômica, quase um em cada três consumidores teme uma recessão em 2008.
Segundo Dodd, a crise do mercado de crédito imobiliário subprime nos Estados Unidos, “a alta do preço do petróleo e uma expectativa geral de uma recessão global nos próximos doze meses levaram a uma queda na confiança dos consumidores nos últimos doze meses em 21 dos 48 países cobertos pela pesquisa”.
Mesmo com a crise de crédito de risco (chamado de “subprime”) nos Estados Unidos, a América do Norte foi, entre todas as regiões pesquisadas, a que mais otimismo demonstrou nos últimos seis meses. No extremo oposto está a Europa, onde está tanto o país que registrou a maior queda na confiança dos consumidores, a Itália, quando o país mais otimista, a Noruega.
A pesquisa da Nielsen, divulgada duas vezes por ano, procura medir os hábitos e intenções de consumo das pessoas e suas maiores preocupações.
O índice de confiança é baseado na opinião do consumidor sobre o mercado de trabalho, na situação de suas finanças pessoais e em sua disposição em gastar dinheiro.