Proposta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada na última quinta-feira (7 de julho), quer reduzir a quantidade de iodo presente no sal brasileiro. De acordo com a consulta pública nº 35, da Anvisa, somente o sal, que possui entre 15 e 45 mg de iodo a cada quilo do produto, será considerado próprio para consumo humano.
Atualmente, o sal comercializado no Brasil deve possuir entre 20 e 60 mg de iodo a cada quilo de produto. “Estamos propondo essa redução a pedido da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, pois existem indícios de que o consumo excessivo de iodo pode aumentar o número de casos de Tireoidite de Hashimoto, doença auto-imune caracterizada pela inflamação da tireóide”, afirma a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que, nos países em que a população consume em média 10g de sal por dia, a quantidade de iodo a cada quilo de sal esteja entre 20 e 40mg. No Brasil, a última Pesquisa de Orçamentos Domiciliares do Ministério da Saúde, de 2003, apontou que o brasileiro possui, em média, o consumo domiciliar diário de sal de 9,6 g. Esse valor somado ao sal proveniente de alimentos processados e dos alimentos consumidos fora de casa perfazem um consumo de 12g de sal ao dia.
Pesquisa
Em 2007, a OMS publicou um panorama da nutrição de iodo no mundo. Pesquisa realizada em 130 países, no período de 1994 a 2006, revelou que 31% da população mundial ainda apresentam ingestão insuficiente de iodo. As Américas tiveram a melhor situação com apenas 11% da população apresentando uma ingestão inadequada de iodo. Já o pior cenário foi encontrado na Europa, onde 52% não ingerem esse nutriente na quantidade adequada.
Contribuições
A proposta de Resolução está disponível na íntegra no site da Anvisa e as sugestões devem ser encaminhadas por meio do formulário do FormSUS disponível no endereço http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=6545, ou mediante preenchimento do formulário próprio, com posterior envio por correio para o endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/GGALI – SIA Trecho 5, Área Especial 57, Brasília- DF, CEP 71205-050; ou por fax: (61) 3462-5315; ou para o e-mail: pro.iodo@anvisa.gov.br.
Fonte: Anvisa
