No Brasil, o consumidor deixa o supermercado com uma compra 125% maior, em número de produtos, do que havia planejado, segundo estudo do Popai – associação que reúne varejistas, fabricantes e agências de publicidade. Se entrou na loja pensando em levar, por exemplo, arroz, feijão e carne, deixa o ponto de venda com mais do que o dobro de produtos na sacola, o que evidencia a compra por impulso. A falta de planejamento é comum entre consumidores, mesmo considerando que a maioria (62%) só visita os corredores onde estão os itens procurados.
Há 12 anos, a compra era 266% superior àquela que tinha sido planejada. “Embora o percentual hoje seja menor, o consumidor vai mais frequentemente aos pontos de venda, sendo que no passado a maioria fazia uma grande compra por mês”, diz Chan Wook Min, presidente do Popai Brasil. Segundo ele, o consumidor brasileiro tornou-se mais seletivo por ter menos tempo para ficar na loja: se em 1998 passava uma hora e nove minutos no ponto de venda, hoje não fica mais do que meia hora.
De acordo com o estudo, 60% das compras são de reposição e 24% são as chamadas compras de emergência, para atender uma necessidade específica – fraldas para bebês, por exemplo. Apenas 2% são de abastecimento, ou seja, referentes à compra do mês.
Para melhor avaliar o comportamento de compra, foram selecionadas 62 lojas em três grupos: pequeno varejo (até 19 checkouts), médio varejo (de 20 a 49) e grande varejo (a partir de 50 checkouts). Os consumidores foram abordados em dois momentos: antes de realizar a compra e depois, na saída da loja.
Fonte: Valor Econômico
