Na busca de soluções para baratear o custo de energia elétrica, a Coop – Cooperativa de Consumo encontrou o caminho da economia ao comprar o insumo no mercado livre. Só no ano passado, a Cooperativa economizou R$ 1,2 milhão com a conta de energia elétrica e este valor deverá ser superado em 2015.
De acordo com a engenheira Viviane Chicano, a decisão de migrar do mercado cativo (concessionária) para o sistema de Ambiente de Contratação Livre (ACL) exigiu muitos estudos, análises e previsões. O resultado foi a redução aproximada de 15% no gasto mensal de energia elétrica. “Para efeito de comparação, os gastos com energia elétrica representou 0,6% do faturamento de R$ 2,028 bilhões registrado pela Coop no exercício de 2014”, calcula.
Entre as várias empresas que comercializam energia elétrica no mercado livre brasileiro, a Coop decidiu firmar uma parceria de sete anos com a Votener, divisão de energia do Grupo Votorantim. O contrato, que se estende até 2022, prevê o fornecimento de 4,1 MW médios para o consumo de 17 unidades da rede enquadradas no sistema. Se, eventualmente, o volume contratado for maior do que o consumo mensal, a Cooperativa tem a possibilidade de negociar o excedente no mercado livre. Caso ocorra o inverso – gasto maior em relação ao pacote adquirido – a Coop paga a mais pela energia.
“O risco de acontecer é mínimo, pois o volume negociado foi bem calculado nos estudos preliminares”, garante a engenheira. A prática de compra de energia elétrica no mercado livre existe desde 2004, sendo legalizada pelo Governo.
Estruturado com regras e procedimentos definidos pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o mercado livre é um segmento do setor elétrico onde as operações de compra e venda de energia elétrica ocorrem por meio de contratos livremente negociados entre o comprador e vendedor. Nesse ambiente, a empresa pode escolher de quem quer comprar, o quanto necessita de energia para suas operações e pode negociar até o prazo.
A Coop também atua em outras frentes de trabalho para garantir estrutura sustentável de energia elétrica. Neste contexto, sete geradores de 460 kVA foram adquiridos neste ano e serão instalados no Centro de Distribuição, na Central de Panificação, na manutenção, em duas unidades de Santo André (Utinga e Pereira Barreto) e em Tatuí – na unidade instalada e na que está sendo construída. “São áreas mais sensíveis à queda no fornecimento de energia elétrica”, explica Viviane.
A meta é substituir, em médio prazo, todos os geradores das unidades por equipamentos mais modernos e silenciosos, como os adquiridos neste ano.