A plenária da COP 21, a cúpula do clima de Paris, aprovou no último sábado, 12, o primeiro acordo de extensão global para frear as emissões de gases do efeito estufa e para lidar com os impactos da mudança climática.
O acordo determina que seus 195 países signatários ajam para que temperatura média do planeta sofra uma elevação “muito abaixo de 2°C”, mas “reunindo esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5°C”.
A aprovação ocorreu com a plenária sendo convocada após quase seis horas depois de o texto ser divulgado como proposta, às 13h30 de Paris. O presidente da COP, Laurent Fabius, ministro das relações exteriores da França, convocou a sessão a aprovar o texto por aclamação.
Como ninguém fez objeções, ele decretou a aprovação do acordo usando um martelo verde em forma de folha para bater na mesa. “É um pequeno martelo, mas pode fazer grandes coisas”, afirmou.
Momentos antes da aprovação, a delegação dos Estados Unidos fez uma objeção a um problema de linguagem no texto, e criou suspense. Os americanos reclamavam de um trecho do documento — artigo 4, parágrafo 4 — que tratava de obrigações de redução de emissões.
O texto afirmava que países desenvolvidos “devem” assumir metas definidas de corte de emissões. Os americanos exigiam que a redação da frase conjugasse o verbo na forma “deveria”, caso contrário implicaria em obrigação legal a ser aprovada no Congresso.
Após discussões em cima da bancada da COP, o problema foi resolvido, pois considerou-se a mudança um problema de redação e não de conteúdo. Em poucos minutos, a plenária já estava ovacionando a decisão.
Acordo inédito
É a primeira vez que se atinge um consenso global em um acordo em que todos os países reconhecem que as emissões de gases do efeito estufa precisam ser desaceleradas e, em algum momento, comecem a cair.
Cientistas criticaram a ausência de metas específicas de cortes de emissão para períodos de longo prazo – de 2050 –, mas o acordo s, mas o acordo deixa em aberto a possibilidade de que essas sejam estabelecidas posteriormente, com “a melhor ciência possível”.
O tratado não determina com precisão até quando as emissões precisam parar de subir e começar a cair, mas reconhece o pico tem de ocorrer logo.
“As partes do acordo visam atingir um pico global nas emissões de gases de efeito estufa assim que possível, reconhecendo que o pico levará mais tempo para países em desenvolvimento”, diz o texto.
O documento ainda conclama os países a “adotarem reduções rápidas a partir de então, de acordo com a melhor ciência disponível, de modo a atingir um equilíbrio entre as emissões antropogênicas por fontes [queima de combustíveis fósseis] e pela remoção por sorvedouros de gases de efeito estufa na segunda metade deste século”.
Participação da APAS
Na última terça-feira, 08, a APAS participou do Lançamento Internacional do Protocolo Climático do Estado de São Paulo, realizado na Embaixada do Brasil em Paris, na França. Na ocasião, a Associação foi uma das entidades que, de forma voluntária, aderiu e assinou o Protocolo, que integra as ações climáticas do Governo de São Paulo para contribuir com a redução das emissões de gases do efeito estufa.
As empresas aderentes ao Protocolo apresentaram suas boas práticas ambientais e se comprometeram a informar as emissões anuais, bem como a metodologia utilizada para mensurá-las e as metas para diminuir a emissão de gases do efeito estufa e ações de implementação. O Protocolo ainda abrange ações de melhorias para a eficiência hídrica e energética e boas práticas socioambientais.
O diretor de Sustentabilidade da APAS, Maurício Cavicchiolli, apresentou o trabalho realizado pela área da APAS com foco em eficiência energética, redução do consumo de água e de resíduos, estimulando o setor na adoção de medidas práticas, em busca de produtividade, melhor eficiência e redução de custo sem comprometimento da qualidade de serviço e produto.
“A contribuição da APAS com a Secretaria do Meio Ambiente é de realizar ações que visam a redução dos vazamentos de gases refrigerantes e do consumo de energia no setor”, explicou o vice-presidente da APAS e deputado estadual, Orlando Morando, que também marcou presença no evento. “Apenas ações governamentais não resolvem o problema ambiental e climático. A iniciativa privada tem a obrigação de participar e fazer a sua parte”, complementa.
A APAS ainda foi representada pela vice-presidente, Paulo Pompilio, a diretora de Responsabilidade Social, Esther Gonçalves, e a coordenadora de Sustentabilidade, Rose Pavan.
Fonte: G1
