A proximidade da Copa e das eleições, em 2014, deve manter em alta a criação de emprego com carteira assinada em 2013. Além de obras de infraestrutura, o consumo também impulsionará o mercado formal de trabalho. A expectativa é de criação de 1,3 milhão de vagas em 2013, segundo a média das previsões dos analistas mais otimistas – os que apostam em um crescimento maior da economia, de 4%. Já na previsão dos mais pessimistas (os que acreditam que o PIB será menor que 3%), serão 970 mil novos postos.
O número para 2013 está distante do 1,77 milhão de postos de trabalho abertos de janeiro a novembro de 2012. E ainda mais longe de 2010, considerado o melhor ano para a geração de vagas formais no país, quando foram abertos 2,5 milhões de empregos com carteira assinada.
Economistas e representantes do setor produtivo (indústria, comércio e serviços) preveem alta da ocupação (pessoas ocupadas com ou sem carteira assinada) de 1,2% a 2,5% em 2013. É quase consenso que o rendimento médio real deva chegar a 3%. A massa salarial (soma de todos os salários) deve variar de 3% a 6%, segundo as previsões.
Além do mercado interno, o que deve estimular o emprego e a renda são os investimentos que devem ser feitos em ano “pré-eleitoral”, avalia Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese. “De olho nas eleições em 2014, os Estados devem iniciar grandes obras de infraestrutura em 2013.”
Investimentos também estão previstos em portos, aeroportos e programas de habitação. Com a maior incidência de apagões, o governo federal pode antecipar algumas obras para o setor de energia.
Fonte: Folha de S. Paulo
