Segundo o DIEESE o valor do salário mínimo
necessário para o brasileiro é de R$ 1.733,88
A alta dos preços de gêneros como tomate, leite, carne, feijão, pão e óleo de soja elevaram o custo do conjunto de gêneros essenciais para mais de R$ 140,00 em dezesseis capitais em que o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. A cesta mais cara foi verificada em Porto Alegre, onde os produtos de primeira necessidade, conforme previsto no Decreto Lei 399, de 30 de abril de 1938, custaram R$ 206,39, enquanto o menor valor, ocorreu em Fortaleza, onde seu valor ficou em R$ 141,53.
Além de Porto Alegre, o custo da cesta superou o patamar de R$ 140,00 em Natal (R$ 162,56), Belo Horizonte (R$ 175,59), Salvador (R$ 146,93), Aracaju (R$ 150,82), João Pessoa (R$ 151,24), Vitória (R$ 172,55), Belém (R$ 161,64), Florianópolis (R$ 180,63), Recife (R$ 149,26), Curitiba (R$ 174,28), Brasília (R$ 176,21) e Goiânia (R$ 155,79). Ao lado da capital gaúcha com patamar de custo semelhante está São Paulo (R$ 193,04) e Rio de Janeiro (R$ 182,14).
Com base no custo da cesta mais elevada, e considerando o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para a manutenção de uma família, suprindo os gastos com alimentação, moradia, transportes, educação, higiene, lazer, vestuário, saúde e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em agosto, este valor corresponderia a R$ 1.733,88, ou o equivalente a 4,5 vezes o piso vigente.