Os supermercados brasileiros estão adotando ou acelerando projetos de eficiência energética após os aumentos das contas de eletricidade desde o fim do ano passado, que já afetaram os resultados do primeiro trimestre.
Estimativas de associações do setor indicam que os custos com energia elétrica passaram a ser a segunda maior despesa em algumas redes supermercadistas, superando aluguel e só atrás da folha de pagamento.
As empresas não detalham nos balanços os custos com energia, mas no GPA, por exemplo, a despesa com vendas, gerais e administrativas, que inclui eletricidade, subiu 16,8% no primeiro trimestre na comparação anual.
Segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBCV), a conta de energia elétrica das redes subiu até 40% desde o fim de ano passado. “Como essa despesa chega a representar 1% do faturamento do supermercado, um aumento de até 40% tem impacto de 0,4%”, disse o presidente da SBCV, Eduardo Terra. “Isso é monstruoso”, completou.
No Estado de São Paulo, a despesa média com energia subiu de 0,9% do faturamento dos supermercados no ano passado para 1,7% em 2015, de acordo com a APAS, superando os gastos com aluguel, que respondem de 1 a 1,5% do faturamento. “Foi a primeira vez que isso aconteceu”, disse Erlon Ortega, vice-presidente da APAS.
O preço da energia elétrica, após uma série de reajustes por conta da seca que afetou os reservatórios das hidrelétricas, acumula alta 41,9% até maio e, em 12 meses, de 58,5%, segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
No varejo, os supermercados são os que mais consomem energia, já que, além de computadores, iluminação e ar condicionado, vendem produtos refrigerados, que demandam muita energia.
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Fonte: Reuters