Segundo levantamento realizado pelas APAS, por meio de estudo realizado em 2015 pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU), o consumo mundial aproximado de pescado é de 19,2 quilos per capita por ano, enquanto o consumo de pescado recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 12 quilos. Já no Brasil, a estimativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Aquicultura e Pesca, fala em um consumo de 10,6 quilos de pescado per capita anual – valor inferior ao recomendado pela OMS.
Desta maneira, observa-se uma oportunidade para o setor supermercadista em atuar no sentido de elevar o consumo de pescados – seja por uma maior frequência de compra ou maior penetração do produto nos lares brasileiros. Diante disso, como acontece há anos, o Mapa aderiu oficialmente à mobilização em prol da 13ª Semana do Peixe, que ocorrerá de 1º a 15 de setembro de 2016. O objetivo é incentivar o consumo de pescado no País e, neste contexto, APAS e ABRAS são apoiadoras da ação.
Neste ano, os preços também têm contribuído para um maior incentivo ao consumo dos pescados, afinal, de acordo com o Índice de Preços dos Supermercados (IPS/APAS/FIPE), os pescados, no mês de julho, tiveram queda de – 4,09%, com destaque para Pescada (-3,72%), Sardinha (-3,91%), Cação (-4,79%), Corvina (-30,32%) e Merluza (-2,17%). Em 12 meses, a corvina, por exemplo, registrou queda de -5,17%.
Os pescados, de modo geral, registram alta nos preços de 9,38% em 12 meses. Vale ressaltar que tal percentual é inferior à inflação do período para alimentos e bebidas (aproximadamente 14,18%). No acumulado de janeiro a julho, a alta é de 5,02%, percentual inferior ao verificado na inflação do período para os alimentos e bebidas, na ordem de 9,05%.
O consumo de peixes no Brasil ainda não é significativo, uma vez que o consumidor ainda opta por carne bovina ou aves. Porém, a busca por uma alimentação cada vez mais saudável aumenta o consumo de tal produto em todo o País.