O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu em sua última reunião, realizada no dia 02 de agosto, reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, passando de 13,75% para 13,25% ao ano. A medida foi tomada devido à forte queda da inflação, que possibilitou a redução nos juros. Para o economista da APAS, Felipe Queiroz, a decisão do Copom traz benefícios significativos para o setor supermercadista e a redução poderia ter sido ainda maior.
“A APAS acredita que a menor pressão inflacionária aferida tanto pelo IPCA, quanto pelo IPS-APAS, assim como o baixo ritmo da atividade econômica interna, sobretudo o consumo das famílias, possibilitaram a redução da taxa básica de juros. A associação entende que o cenário econômico atual e a tendência de médio e longo prazo da inflação possibilitam a manutenção do ciclo de queda da taxa Selic, encerrando o ano em torno de 12% a.a.”, afirmou.
Segundo o especialista, a manutenção do ciclo de queda dos juros pode gerar acesso a financiamentos mais atrativos para o setor supermercadista investir na expansão de negócios e na modernização de infraestrutura. Além disso, a redução dos juros aumenta o crédito da população e estimula o consumo.
A última vez em que o BC tinha reduzido a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.
Mesmo com a redução da taxa Selic, o Copom mantém uma postura parcimoniosa na flexibilização da política monetária. A expectativa da APAS é que o órgão realize cortes adicionais de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. “Essa postura busca equilibrar o estímulo à economia com o controle inflacionário, garantindo um ambiente sustentável para o setor supermercadista e para a economia como um todo”, conclui Queiroz.