O dólar e os juros futuros de longo prazo seguem em queda, contrariando o dia de pausa no rali que marcou a semana nos mercados financeiros globais.
O dólar acumula baixa de 1,4% nesta semana, e o DI janeiro de 2021 tocou ontem, quinta-feira, mínimas não vistas em um ano e meio, refletindo expectativas positivas para o Brasil diante da possibilidade de aumento de liquidez no exterior, com parte do fluxo adicional podendo migrar para o país.
O BC concluiu nesta manhã mais um leilão de 10 mil contratos de swap cambial reverso. As intervenções do BC nesta semana não só não impediram que o real continuasse se apreciando como não tiraram da moeda brasileira o posto de divisa emergente com melhor performance no período, considerando seus principais pares.
O noticiário político favorável nesta semana contribuiu para o bom desempenho do real e da renda fixa. Eleito presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) mostrou alinhamento com o governo do presidente interino Michel Temer ao eleger como prioridade de sua gestão a aprovação da PEC que delimita gastos públicos. Junto com a confirmação do impeachment, a aprovação dessa PEC é vista por investidores como um dos eventos capazes de destravar investimentos e trazer fluxos para o Brasil, em uma nova rodada de confiança.
O dólar comercial caía 0,37%, para R$ 3,2469, enquanto a taxa do contrato futuro para agosto subia 0,21%, a R$ 3,2735. Nos juros, o DI janeiro de 2021 – mais associado à percepção de risco estrutural da economia – caía a 11,950% ao ano, frente a 11,980% no ajuste da véspera.
O DI janeiro de 2018 – que reflete apostas para movimentos da Selic de hoje até dezembro de 2017 – tinha taxa de 12,680%, contra 12,670% no último ajuste. E o DI janeiro de 2017 indicava 13,870%, ante 13,860% no ajuste anterior.
Fonte: Portal UOL