A chamada economia subterrânea – que engloba todas as atividades que conseguem driblar o controle oficial -, cresceu em 2007 acima do PIB (Produto Interno Bruto), que mede a soma das riquezas produzidas pelo País nos meios formais. O índice, criado pelo Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getúlio Vargas), e pelo Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial) mostrou que a economia subterrânea teve uma expansão de 8,7%, contra 5,4% do PIB.
Para chegar a esse número, Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador do Ibre e um dos responsáveis pelo indicador, afirma que foram considerados o mercado informal de trabalho e o dinheiro em espécie em circulação no País, já que uma das formas de evitar o controle governamental é não fazer transações bancárias. De acordo com ele, a carga tributária foi o fator que mais contribuiu para o aumento, pois quanto maior, menor será o incentivo para a saída da informalidade.
Entre março de 2003 – quando o índice começou a ser calculado – e dezembro de 2007, a economia subterrânea cresceu 10,9%, impulsionada pelo nível de atividade e pela carga tributária. Considerando o período iniciado em janeiro de 2003, o PIB teve expansão de 3,8%.