Após tramitar em caráter de urgência na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), foi sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas, na quinta-feira (25), a lei que define o novo salário mínimo paulista no valor de R$ 1.550. De acordo com o economista da Associação Paulista de Supermercados (APAS), Felipe Queiroz, a medida é benéfica para o setor, tendo em vista que também deve influenciar no aumento das vendas.
“O reajuste do salário mínimo acima da inflação produz ganhos reais às famílias paulistas, aumentado o poder de compras e melhorando a condição de vida à população. São Paulo é o principal mercado produtor e consumidor do país, e o aumento do salário mínimo promove tanto o consumo quanto a produção no Estado, incentivando o crescimento econômico e a melhor distribuição de renda”, afirma.
O economista reforça ainda que, ao longo dos últimos anos, as economias brasileiras e paulistas foram penalizadas pela inflação, causada tanto por fatores internos, como quebra de safra e alterações climáticas, quanto externos, como a guerra na Ucrânia e o rompimento de diferentes cadeias de suprimento. Mas, agora, acontece um movimento de retomada. “Estamos observando um cenário diferentes, com a inflação convergindo para o centro da meta, o que possibilita, inclusive, a redução da taxa Selic. Acreditamos que o aumento do salário mínimo num cenário de relativa estabilização inflacionária, ativará o consumo das famílias e incentivará o crescimento da economia do Estado”, reforça Queiroz.
Novo piso salarial
O novo piso salarial unifica as duas faixas anteriores de remuneração, de R$ 1.284 e R$ 1.306, e representa um reajuste de 20,7% para a primeira e de 18,7% para a segunda. A proposta também incluiu cuidadores de idosos na lista de profissões e atividades abrangidas pelo novo salário mínimo.
Criado em 2007, o piso estadual permite que trabalhadores paulistas recebam remunerações acima do salário mínimo nacional. Os valores propostos pelo Governo do Estado levam em conta as condições de demanda de mão-de-obra e custo de vida em São Paulo, incorporando especificidades do mercado de trabalho local.