O ano ainda não terminou, as compras de fim de ano movimentam os supermercados paulistas, mas o economista Juarez Rizzieri, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), já faz projeções para 2013. Diferente dos últimos anos, marcados por políticas de impulso ao consumo, o estudioso aposta nas estratégias diferenciadas nas lojas para a manutenção do crescimento.
“O setor soube aproveitar o bom momento econômico de crescimento de renda e oferta de crédito. Agora, a tendência é de estabilidade, já que o Governo Federal deve priorizar políticas de investimento. Daí a grande oportunidade do empresário saber aproveitar os nichos de consumo para inovar”, analisa.
Rizzieri lembra do bônus demográfico brasileiro, que acompanha uma tendência mundial de envelhecimento da população. “Cada vez mais idosos, por exemplo, consomem produtos especializados. O varejo pode aproveitar essas lacunas ao oferecer serviços exclusivos”, sugere.
Futuro econômico
O setor supermercadista vive a expectativa das novas políticas federais. Elas, de acordo com o economista, ditarão o futuro da economia brasileira. “Há anos o setor supermercadista cresce acima da média nacional. A partir dos próximos anos, no entanto, o crescimento deve ser mais moderado, seguindo a economia nacional”, diz.
Para este ano, a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar em 1,5%. Em 2013, Rizzieri fala em 3% a 3,5%.
Legenda da foto acima: Juarez Rizzieri (ao centro), com os gerentes da APAS Joaquim Ferreira (Comunicação) e Rodrigo Mariano (Economia)
