As famílias brasileiras começaram o ano de 2016 mais endividadas. A fatia das contas a pagar passou de 61,1% em dezembro para 61,6% em janeiro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
Os dados, que são apurados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostram que o percentual de consumidores com dívidas ou contas em atraso subiu de 23,2% em dezembro para 23,7%% em janeiro.
Já o total de consumidores que declararam que não terão condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso cresceu de 8,7% para 9%.
Segundo a CNC, a alta do número de famílias endividadas frente a dezembro foi registrada apenas pelo grupo com renda até dez salários mínimos. Já na comparação anual, todas as faixas de renda apresentaram expansão do endividamento. Entre as famílias que ganham até dez salários mínimos, o percentual com dívidas alcançou 63% em janeiro, acima dos 62,2% apurados em dezembro de 2015 e dos 58,8% de janeiro de 2015.
A proporção das famílias que se declararam muito endividadas aumentou de 13,5% para 13,6% do total na comparação mensal. Frente a janeiro de 2015, a alta foi de 3,6 pontos percentuais. Nessa avaliação, a parcela de famílias que declarou estar mais ou menos endividada passou de 21% para 22,4%, e a parcela pouco endividada, de 26,5% para 25,5%.
A pesquisa considera como dívida as contas a pagar em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.
Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de inadimplência foi de 64,0 dias em janeiro – acima dos 61,4 registrados no mesmo período do ano passado.
O prazo médio de comprometimento da renda com o pagamento de dívidas atingiu 6,9 meses, sendo que 33,4% afirmaram estar com os rendimentos atrelados a pagamentos de contas por mais de um ano.
Fonte: Jornal DCI