Os hipermercados estão aumentando cada vez mais a oferta de serviços aos clientes. Nestas redes, além de fazer compras, já é possível pagar contas na lotérica, comprar remédios na farmácia, alugar filmes na locadora, deixar a roupa na lavanderia, imprimir fotos, fazer cópia de chaves, etc.
A presença de lojas de diversos segmentos dentro dos hipermercados é uma tática para atrair a classe C, ou seja, a parcela da população que tem renda familiar mensal de R$ 1.115 a R$ 4.807, segundo classificação da Fundação Getulio Vargas (FGV). Atualmente, essa fatia corresponde a 35% dos brasileiros ou a quase 60 milhões de pessoas, que detêm 46% da renda nacional.
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, explica que o aumento do número de prestadores de serviços nos hipermercados é uma estratégia para recuperar clientes que deixaram de frequentar essas lojas por causa da grande distância de suas residências. “Estamos passando por uma mudança de hábito. A compra grande mensal que a família fazia está acabando. O supermercado tradicional, com loja grande, perdeu parte dos clientes, que foi para lojas mais compactas (de bairro)”, disse.
O levantamento mais recente da associação mostra que os supermercados com 50 caixas ou mais registraram uma queda de 7% nas vendas na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período do ano passado. Já as lojas que têm entre um e quatro caixas tiveram uma alta de 6,5% nas vendas na mesma comparação. Entre as unidades que têm entre cinco e nove caixas, as vendas cresceram ainda mais – 10%.
Fonte: Portal R7
