Pelo quarto mês seguido, o Índice CEAGESP registrou elevação dos preços praticados e encerrou o mês de agosto com alta de 3,34%. De acordo com o economista da companhia Flávio Godas, em agosto os resquícios das condições climáticas negativas de junho, como excesso de chuva e frio acentuado, continuaram reduzindo a oferta de alguns legumes como tomate, quiabo e berinjela. “Como são culturas mais longas, mesmo com o calor registrado no mês, não houve tempo para o restabelecimento do volume ofertado”, disse. No ano o indicador apresentou elevação de 12,76% e, nos últimos 12 meses, subiu 8,76%.
Todos os setores registraram elevação dos preços praticados, com exceção de verduras, que recuou 24,21%. As principais quedas foram as da alface lisa (-37,5%), brócolis (-35,1%) e almeirão (-30,5%). Não houve elevação de preços no setor de verduras.
O setor de legumes apresentou elevação de 8,20%. Entre as principais altas destacam-se quiabo (40,4%), berinjela (29,4%) e tomate (6,3%). No setor de frutas houve alta de 6,41%, com destaque para o limão Taiti (45,8%), o figo (34,4%) e a uva rubi (22,1%). As principais quedas foram do morango comum (-33,5%) e da goiaba (-5,8%).
Já o setor de Diversos apontou alta de 12,92%, como a da batata (31,9%), do alho (12,4%) e dos ovos (7,9%). O setor de Pescados, por sua vez, subiu 1,39%, sendo as principais altas as das anchovas (15%), do badejo (11,7%) e da tilápia (8,5%). As quedas expressivas foram da sardinha (-29%), tainha (-10%) e cavalinha (-8,8%).
Tendência
De acordo com a CEAGESP, a expectativa é de maior volume e queda nos preços já no mês de setembro. As verduras caíram acentuadamente e, ao que tudo indica, permanecerão em trajetória de queda dos preços praticados em razão do restabelecimento integral do volume ofertado.
