O Faturamento Real dos supermercados no Estado de São Paulo (deflacionado pelo IPS/FIPE) no conceito de mesmas lojas – que considera as lojas em operação no tempo mínimo de 12 meses – registrou queda de 3,03% de janeiro a outubro de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado. Em outubro, houve queda de 5,55% nas vendas na comparação com o mesmo período de 2015, e, se comparado a setembro de 2016, alta de 6,25%.
Já no conceito de todas as lojas – que considera todas as lojas criadas no período pesquisado – a queda foi de 2,83%, de janeiro a outubro de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado. Em outubro, houve queda de 3,27% em relação ao mesmo mês de 2015, e elevação de 6,28% se compararmos a setembro de 2016.
Por mais um mês, a redução da renda em decorrência do alto nível de desemprego, associada à inflação ainda em patamar elevado, impacta negativamente no consumo das famílias e, por consequência, se reflete na redução das vendas nos supermercados. Aliado a isto, a confiança ainda em baixa não favorece as decisões de consumo, o que prejudica o desempenho do varejo brasileiro.
O Faturamento real dos supermercados no Estado de São Paulo (deflacionado pelo IPCA/IBGE), na comparação entre o acumulado de 2016 e o mesmo período do ano passado, apontou ligeira alta de 0,66% no conceito de mesmas lojas. Em outubro, houve queda de 1,48% em relação ao mesmo mês de 2015 e alta de 5,96% em relação a setembro de 2016. No conceito de todas lojas, houve elevação de 0,86% de janeiro a outubro ante o mesmo período de 2015. Já em outubro, foi registrada alta de 0,89% em relação ao mesmo mês do ano passado e elevação de 5,99% em relação a setembro.
Já o Faturamento nominal dos supermercados no Estado de São Paulo, na comparação entre o acumulado de 2016 e o mesmo período do ano passado, teve alta de 9,89% no conceito de mesmas lojas. Em outubro, a alta foi de 6,27% em relação ao mesmo mês de 2015 e alta de 6,24% em relação a setembro de 2016. No conceito de todas lojas, a alta foi 10,12% de janeiro a outubro em relação a 2015. Em outubro, por sua vez, foi registrada elevação de 8,83% em relação ao mesmo período do ano anterior e alta de 6,27% em relação a setembro de 2016.
Festas de fim de ano
Passado o Natal, a expectativa da APAS é que haja elevação das vendas, principalmente pelo fato de ser a principal data para o comércio em geral, com destaque aos supermercados. Neste ano, a injeção de recursos advindos do 13° salário pode influenciar positivamente as vendas de bens não duráveis, em especial alimentos e bebidas, diante de um cenário de otimismo baixo, o que inibe a comercialização de bens duráveis.
A APAS projeta um crescimento real de 1% em dezembro na comparação ao mesmo período do ano passado. Assim, para 2016, a expectativa é de um desempenho mais positivo se comparado a 2015 e as projeções apontam para um resultado entre 0% e -1% de variação real em relação ao ano passado. Em termos comparativos, o resultado pode ser analisado como satisfatório, uma vez que a economia brasileira deve amargar, no mesmo período, uma queda aproximada do PIB na ordem de 3,5%.