Datas sazonais como Dia das Crianças e Natal contribuíram com um leve crescimento do varejo para o último trimestre deste ano. O índice de consumidores que pretendem comprar neste período apresenta moderada alta de 2,2 p.p. em comparação com o terceiro trimestre deste ano, passando de 53,8% para 56%. Porém, foi registrada queda de 22 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2011, em que foi registrado o patamar de 78%, o maior da série, segundo dados da “Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra no Varejo – Outubro a Dezembro de 2012”, realizada pelo PROVAR (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Felisoni Consultores Associados.
A amostra, feita com 500 consumidores da cidade de São Paulo, analisa a intenção de compra e de gasto em relação a diversas categorias de produtos (Eletroeletrônico, Informática, Cine e foto, Móveis, Telefonia e celulares, Material de construção, Linha branca, Vestuário e calçados, Automóveis e motos, Eletroportáteis e Viagens e turismo), avaliando também a utilização de crédito nas compras de bens duráveis.
Segundo Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Conselho do PROVAR, os consumidores devem utilizar o período para organizar suas finanças pessoais. “Estima-se para este ano um crescimento das vendas da ordem de 8,4%. No ano passado, tal expansão foi de 7% em números redondos. A comparação dos dois anos revela o impacto das medidas do governo.
Calcula-se que se tais medidas não fossem editadas o crescimento do consumo seria 2% menor. Os dados da pesquisa de intenção de compra recolocam o consumo na trajetória anterior, ou seja, antes do início do ciclo de otimismo, o que revela os limites da política do governo de expansão do PIB por meio do consumo.
Dentre as categorias analisadas, o item “Vestuário e Calçados” desponta como o de maior intenção de compra com 26,6%, seguido por “Viagem e Turismo”, com 12,4%, e “Informática” com 10,8%. Já os produtos de menor interesse de consumo são “Cine e Foto” e “Automóveis e Motos”, com 4,4%, e “Eletroportáteis”, que registraram 3,2%.
