


O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS em parceria com a Fipe, registrou uma inflação de 0,51% em janeiro de 2025. Este índice, que mede a variação dos preços de produtos nos supermercados paulistas, desacelerou tanto em relação a dezembro (0,75%) quanto ao mesmo período do ano anterior (0,74%). Com isso, a inflação acumulada em 12 meses nos supermercados do estado caiu de 6,02% para 5,78%, entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025.
Entre os segmentos que compõem o índice, os produtos in natura destacaram-se com a maior alta de preços, alcançando um aumento de 4,17%. Já as categorias de produtos industrializados, bebidas não alcoólicas e artigos de higiene e beleza apresentaram elevações mais moderadas, com aumentos de 0,75%, 0,58% e 0,55%, respectivamente. Por outro lado, houve deflação em alguns produtos, como semielaborados, que apresentaram uma queda de 0,79%, além de deflações mais leves em itens como bebidas alcoólicas (-0,21%) e artigos de limpeza (-0,36%).
A desaceleração da inflação em janeiro foi impulsionada pela queda nos preços de produtos básicos como arroz e feijão, que apresentaram uma deflação de 2,02%. Essa diminuição reflete a tendência de alívio observada desde o segundo trimestre de 2024, com destaque para a retração do feijão, que caiu 2,18%, e o arroz, com uma diminuição de 1,95%. No acumulado de 12 meses, a deflação dos cereais atingiu 5,61%, beneficiando o orçamento das famílias paulistas.
Em relação aos produtos semielaborados, que registraram deflação de 0,79% em janeiro, destaque para a redução nos preços do leite (-2,37%), cereais (-2,02%) e carnes, como a suína (-1,01%) e bovina (-0,08%). O preço da carne bovina, embora praticamente estável, ainda registra uma alta de 25,75% no acumulado de 12 meses, impactado pela demanda externa e pela valorização da carne brasileira no mercado internacional.
Efeitos Climáticos e o Impacto nas Safras
A APAS observa que as alterações climáticas têm provocado variações distintas no mercado. Em janeiro de 2025, o fenômeno das chuvas intensas afetou a produção agrícola, especialmente nas regiões Centro-Norte e Matopiba, enquanto algumas culturas do Sul e do Mato Grosso sofreram prejuízos devido à maturação e colheita prejudicadas. A associação segue monitorando a evolução das safras para entender os impactos sobre os preços dos produtos ao consumidor final.
Destaques do Mês: Arroz e Feijão Mais Acessíveis
O mês de janeiro também trouxe alívio para o bolso dos consumidores, com quedas nos preços do arroz e do feijão. Esses itens essenciais da alimentação registraram uma retração significativa, com deflação de 1,95% para o arroz e 2,18% para o feijão, refletindo uma desaceleração no preço dos cereais. No acumulado dos últimos 12 meses, o feijão registrou uma queda expressiva de 16,37%, e o milho teve uma deflação de 8,03%. Esse movimento é um reflexo da tendência de alívio da inflação, que traz alívio para as famílias e melhora o poder de compra dos consumidores.
