As medidas para impedir a circulação de caminhões na região do centro expandido de São Paulo não provocaram o desabastecimento de produtos nos supermercados da capital paulista nem o aumento nos preços por causa da restrição para a circulação desses veículos, implantada pela Prefeitura Municipal. Entretanto, o setor de transporte de carga estima uma alta de 17% nos custos das entregas na capital, por ter de fazer a contratação do serviço fora do horário comercial e com mais freqüência, com o uso de veículos menores – os chamados VUCs – Veículos Urbanos de Carga.
Conforme João Sanzovo Neto, presidente da APAS – Associação Paulista de Supermercados, as lojas sentiram o aumento nos custos, mas optaram por não repassar os preços das mercadorias aos consumidores. Ele acrescenta que os problemas maiores para se adequar à restrição são enfrentados pelos pontos de venda localizados em bairros residenciais. Estes, por sua vez, recebem muitas vezes reclamações da vizinhança devido ao barulho das entregas realizadas à noite.
Restrição a caminhões
Como forma de aumentar a fluidez no trânsito e reduzir os congestionamentos na cidade, a Prefeitura de São Paulo proibiu há um ano que caminhões circulassem por uma área de 100 quilômetros quadrados dentro do centro expandido, das 5h às 21h. Já os VUCs – Veículos Urbanos de Carga têm de respeitar um rodízio de placas pares e ímpares para circularem durante o dia, das 10h às 16h. A partir de novembro de 2009, todos os veículos de carga só poderão circular na ZMRC – Zona de Máxima Restrição de Circulação das 21 horas às 5 horas.
