Hoje de manhã (24 de julho), os supermercadistas associados à APAS – Associação Paulista de Supermercados participaram da terceira edição do Encontros APAS – Café com Personalidade, realizado no Centro de Convenções Espaço APAS, em São Paulo. O palestrante foi o economista e ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega, que falou sobre as perspectivas da economia brasileira, analisando a crise financeira mundial e apontando as tendências para o futuro. Mais uma vez, a palestra foi transmitida simultaneamente para a Regional Bauru, que contou com a presença de empresários do setor desta região.
Mailson abordou a origem da recessão norte-americana e explicou os efeitos da crise na economia brasileira. Destacou, entretanto, os sólidos fundamentos da economia, o que justifica a forma positiva que o País enfrentou a crise. “Não há mais riscos de haver um colapso do sistema financeiro devido às boas condições em que se encontra hoje o Brasil, com estabilidade econômica e política, com regras claras que impedem eventuais medidas oportunistas do governo”, disse. Mailson elogiou a atuação do Banco Central, que baixou a taxa de juros (Selic), enfatizou as vantagens da inflação e dívida externa baixas e a estabilidade macroeconômica. “O Brasil teve um desempenho melhor do que os outros países porque tem estrutura macroeconômica sólida, o que eleva o nível de confiança dos investidores”, ressalta.
O palestrante destacou que os sinais de recuperação da economia são mais fortes nos setores de comércio e serviços, em relação à indústria, já que dependem menos do crédito. “Os supermercados crescem a um ritmo superior ao do varejo em geral, e este a um ritmo maior do que os demais segmentos da economia. Para 2009, a expectativa é de aumento de 5% nas vendas em supermercados, e de 3,5% no varejo em geral”, afirma.
Enfim, o economista apontou razões que colocam o Brasil em uma posição otimista, entre elas o fato de ser uma democracia consolidada, com instituições econômicas fortes, imprensa livre e independente e sociedade que não tolera a inflação.


