A maioria dos consumidores com renda média familiar de até R$ 933 faz compras picadas, orientadas por preço e promoção, segundo um levantamento realizado pela Nielsen em 8,7 mil residências. Classificados como classe C2, esses brasileiros ascenderam da classe D e hoje representam 8,6 milhões de lares.
Em contrapartida, uma fatia significativa dos representantes da classe C1, composta por 7,5 milhões de residências, procuram variedade de marcas e visitam o supermercado uma vez a cada quinze dias, em média. Apesar de esse grupo de consumidores com renda média familiar de R$ 1.391 considerar o preço importante, a praticidade, a qualidade dos produtos e seus benefícios à saúde pesam no momento de decidir a compra, enquanto para os integrantes da classe C2 essas questões não são relevantes.
“Os produtos consumidos tanto por um segmento quanto por outro são os mesmos, mas a intensidade e a forma de consumo mudam. A classe C não é um bloco monolítico. Há consumidores de diferentes comportamentos dentro dela. Se o varejo ou a indústria não notam essa diferença, correm o risco de deixar insatisfeitos tanto o consumidor C1 quanto o consumidor C2″, afirma Olegário Araújo, gerente de atendimento ao varejo da Nielsen.
Fonte: Valor Econômico
