Acreditando que crise econômica se vença com trabalho, criatividade e otimização de custos, o mercado de flores dribla as dificuldades e, graças a isso, estima colher um crescimento entre 6% e 8% em 2015. Vários são os fatores para que os resultados sejam positivos: investimentos dos produtores em reservatórios para a captação da água da chuva e em sistemas mais eficientes e adequados de irrigação (gotejamento e inundação com reaproveitamento após o filtro) para evitar desperdícios e driblar e crise hídrica; instalação de caldeiras movidas à lenha, cavaco e/ou gás para a climatização das estufas e, assim, aliviar os reajustes da energia elétrica; além do impulsionamento do mercado com novidades em variedades de flores e plantas ornamentais.
Além de oferecer produtos – flores e plantas – cada vez mais variados, bonitos e duráveis, os produtores contam com a visão estratégica das cooperativas de Holambra para garantir a facilidade de acesso ao produto pelo consumidor, oferecendo-o em pontos de venda mais próximos de suas casas, como supermercados e varejões. Além disso, o mercado de festas e eventos, que movimenta cerca de R$ 15 bilhões por ano no país, também vem contribuindo, e muito, para os resultados positivos.
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de flores e plantas ornamentais e registra um consumo em torno de R$ 26,68 por habitante. “O faturamento do setor previsto para este ano é de R$ 6,1 bilhões, contra os R$ 5,7 bilhões movimentados pela cadeia produtiva no ano passado”, informa Kees Schoenmaker, presidente do Ibraflor – Instituto Brasileiro de Flores.
“O mercado de flores é uma importante engrenagem na economia brasileira, responsável por 215.818 empregos diretos, dos quais 78.485 (36,37%) relativos à produção, 8.410 (3,9%) à distribuição, 120.574 (55,87%) no varejo e 8.349 (3,8%) em outras funções, em maior parte como apoio”, diz.
Cooperativas otimistas
As duas cooperativas de flores de Holambra respondem, juntas, por 50% do mercado nacional de flores. A Cooperativa Veiling Holambra espera faturar R$ 550 milhões em 2015, registrando um crescimento entre 8% e 12% em relação ao ano passado.
A Veiling conta, aproximadamente, com 360 associados e 500 clientes ativos que participam de leilões reversos diários para abastece atacadistas e varejistas de flores e as principais redes de autosserviço. A cooperativa deixou de exportar há seis anos para atender a demanda do mercado brasileiro, embora faça exceções apenas para pequenos compradores da Argentina, Paraguai e Uruguai. A Cooperflora, que compreende 52 produtores e atende a 400 clientes com uma produção semanal de 2 milhões de hastes, estima crescer entre 7% e 10%.
A Veiling, inclusive, foi parceira da APAS no estande do Projeto Especial Flores, um dos grandes destaques da Feira APAS 2015, e já confirmado para a edição do próximo ano.
Mais informações dos Projetos Especiais
A Feira APAS 2015, realizada entre os dias 04 e 07 de maio, no Expo Center Norte, em São Paulo, trouxe uma grande novidade aos mais de 73 mil visitantes: os Projetos Especiais – iniciativa da Associação para desenvolver novos fornecedores de determinadas categorias para os supermercados, no caso, Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC), Cervejas Artesanais e Flores. O sucesso pode ser exemplificado pelo depoimento de Robson Grespan, sommelier e mestre em cervejas artesanais.
“A Feira foi extremamente produtiva, afinal, conseguimos bons contatos para relacionamento e novos negócios. Os nove cervejeiros que estiveram no estande de Cervejas Artesanais ficaram 100% satisfeitos com o resultado e a intensa procura dos participantes por nosso segmento. Queremos estar no evento novamente o ano que vem”, elogiou.
Para a edição de 2016, que será pautada pela temática “Perspectivas e Oportunidades”, os espaços temáticos estarão ainda mais inovadores e atrativos aos visitantes. Além disso, outra categoria será explorada também em estandes únicos: Candies.
O objetivo dos Projetos Especiais é disseminar conteúdo, tendências e inovações para que os supermercadistas melhor desenvolvam tais produtos nas lojas, ampliando o mixaos consumidores.
Mais informações sobre os Projeto Especial Candies
Segundo informações da Euromonitor, de 2014, o setor de balas e gomas comercializou no mercado interno aproximadamente R$ 12 bilhões, sendo responsável por mais de 50% do faturamento da América Latina. Atualmente, o Brasil ocupa a terceira posição no ranking, atrás apenas dos Estados Unidos e Reino Unido, e deverá assumir a vice-liderança até 2016. Ainda em nosso País, a categoria está presente em mais de 800.000 pontos de venda.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), em 2014, o pequeno varejo correspondeu a mais de 80% do volume de vendas do mercado de balas e gomas.
A característica de compra por impulso faz com que o bom gerenciamento da categoria e a correta exposição dos produtos nas lojas sejam os principais motivadores do desenvolvimento da categoria e ampliação nas vendas. A oferta de novidades aos consumidores também é fator relevante para impulsionar as vendas do setor no canal, já que os brasileiros são abertos a novos sabores e produtos.
Fonte: Ateliê da Notícia