O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecerá a meta de inflação de 2018. Segundo fontes ouvidas pelo GLOBO, a meta será mantida no patamar atual, de 4,5%, com a mesma margem de tolerância fixada para o ano que vem: 1,5 ponto percentual. A avaliação é que não há espaço para mudanças, devido a fatores tanto internos quanto externos, como a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia.
“Deve ficar como está”, afirmou ao GLOBO um auxiliar próximo ao presidente interino, Michel Temer.
No governo, está descartada a possibilidade de aumentar a meta para acomodar qualquer choque. E reduzi-la seria um sacrifício ainda maior para a economia, já em recessão.
Em 2015, a inflação atingiu 10,67% e este ano deve estourar o teto da meta, de 6,5% (com a margem de tolerância em 2 pontos percentuais. Analistas de mercados ouvidos pelo Banco Central projetam IPCA de 7,29%. (Gabriela Valente)
Fonte: Jornal O Globo