Com o objetivo de aumentar a receita não tarifária, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) abre as portas, pela primeira vez, a supermercados e farmácias. A meta é elevar a participação desses negócios paralelos dos atuais 7% da receita total da companhia para 10% em 2010.
De acordo com o gerente de novos negócios da companhia, José Jacques Namur Yazbek, o primeiro hipermercado a ser construído numa estação de metrô deve ser inaugurado em breve. O Carrefour conseguiu a concessão para ter uma loja na estação Vila Mariana, ainda sem data de inauguração. "Estudamos a possibilidade de fecharmos outros contratos com supermercados. A Luz e a estação Brás, por exemplo, têm porte para uma operação dessas", completa.
Além de supermercados, o Metrô diversificará o comércio nas estações, com a construção de shoppings centers, espaço maior para aluguel de lojas e outros serviços. Uma licitação para atrair lotéricas e outra para levar uma rede de drogarias a nove estações da rede já estão em andamento. O negócio é visto com bons olhos pela companhia de metrô, já que, diariamente, passam pelo universo subterrâneo mais de 3,3 milhões de usuários, que tornam-se potenciais consumidores. Pesquisa do Metrô mostra que os usuários da linha vermelha (Corinthians Itaquera – Palmeiras Barra Funda) gastam entre R$ 5 e R$ 25 por dia nas lojas das estações. Já os passageiros da linha verde (Vila Madalena – Alto do Ipiranga) e da linha azul (Jabaquara – Tucuruvi) têm gasto maior – entre R$ 25 e R$ 50.
Fonte: Jornal Valor Econômico