O consumo brasileiro está mudando: a ampliação da oferta de produtos de maior valor agregado, o crescimento da importância dos níveis socioeconômicos médio e baixo, a maior diversificação nos gastos dos lares e a maior confiança na economia do país são bons exemplos desse novo momento de consumo. Para explicar essas oportunidades de crescimento, a Nielsen apresentou o estudo “Mudanças no Mercado Brasileiro”, demonstrando os canais de maior destaque do último ano e o novo comportamento de consumo brasileiro.
A pesquisa mostra que o consumidor das classes D e E acessa produtos de menor desembolso, mas nem sempre de menor preço. “O cliente das classes mais baixas tem menos espaço para errar, por isso procura produtos de marcas líderes, cujos benefícios são garantidos”, explicou o analista de mercado da Nielsen Ramon Cassel, durante coletiva de imprensa realizada no Espaço APAS Centro de Convenções nesta quarta-feira (14 de março).
Segmentos básicos cresceram 5,2% em 2011, enquanto produtos diferenciados tiveram alta de 13% no mesmo período. “O consumidor está percebendo e buscando categorias de maior valor agregado e conseguem acessá-las quando os fabricantes se movimentam para atingir os anseios desses consumidores”, completou Cassel.
O acesso a essas categorias é alavancado por quatro ações pontuais: redução temporária de preço, que proporciona maior acessibilidade às categorias de maior valor; promo Pack, como ‘leve dois pague um’; brindes grátis, que gera um aumento da compra incremental; além de embalagens econômicas e diferentes opções de desembolso das categorias. A pesquisa também mostra que essas ações realizadas no ponto de venda têm resultados mais efetivos no curto prazo, já as de TV e internet, no longo prazo. As categorias de marcas premium e inovadoras também apresentam potencial de crescimento em países emergentes.
Surpresa
A grande novidade ficou por conta dos Cash&Carry (atacarejos), que traz o consumidor final como o seu principal cliente, tendo alcançado 1,8 milhão de lares a mais em 2011. Para se ter uma ideia da importância do canal, na cesta de Higiene e Beleza, por exemplo, o porcentual de compra do consumidor final chega a 73%, contra 27% dos varejistas e transformadores.
Do total das categorias, quando comparado ao hipermercado, o consumidor de Cash&Carry possui 57% a mais de frequência de compra e 73% a mais de intensidade de compra.
