O Banco Central (BC) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) divulgaram novas normas que proíbem o uso de notas danificadas por dispositivos antifurto dos caixas eletrônicos. A partir desta quarta-feira (1º de junho), as notas danificadas – manchadas de tinta cor de rosa assim que ocorre uma tentativa de furto por meio de explosão – deixam de ter validade e não podem mais ser utilizadas como meio de pagamento.
A proibição oficial deve estimular bancos a instalar mais dispositivos antifurto em caixas eletrônicos para coibir a circulação de dinheiro roubado. A orientação é para que consumidores, comerciantes e agências bancárias recusem as notas danificadas. Quem achar nota manchada ou danificada deve encaminhá-la a uma agência bancária para que seja enviada ao Banco Central.
Caso seja comprovado que a nota foi danificada por dispositivo antifurto, o portador da cédula não terá direito ao ressarcimento do valor correspondente à cédula danificada. Por isso, o BC, a FEBRABAN e a APAS recomendam aos supermercadistas e à população que não recebam as notas suspeitas.
Ofício à FEBRABAN
Nesta quarta-feira (1º de junho), a APAS enviou um ofício ao presidente da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), Murilo Portugal Filho, solicitando que informe a quantidade de caixas eletrônicas existentes nos supermercados do estado de São Paulo e em quantos deles encontram-se instalados os dispositivos antifurto.
Para a entidade, as informações são importantes em virtude dos recentes ataques ocorridos aos caixas eletrônicos de São Paulo – alguns instalados em estabelecimentos comerciais –, o que gera insegurança e prejuízo ao setor varejista e à população em geral.
A APAS considera essas informações necessárias para que possa orientar o setor supermercadista acerca da conveniência de manter ou não este serviço, dependendo da quantidade de terminais a serem equipados e do tempo que demoraria para a conclusão. A princípio, a entidade é contra a retirada dos caixas eletrônicos dos supermercados, por ser uma prestação de serviços à qual o consumidor já está acostumado. Entretanto, entende ser importante que os caixas equipados com o sistema de segurança que inutiliza as notas caso sejam violados destaquem essa informação claramente, contribuindo para desestimular os ataques.
A APAS entende que o sistema financeiro deveria contribuir com o seguro das lojas que dispõem de caixas automáticos ou correspondentes bancários, em função da atratividade que a existência de tais serviços representam para os criminosos.
