Rastrear e identificar a procedência de hortifrutis é a melhor maneira de identificar a presença exagerada de agrotóxicos e a segurança alimentar dos consumidores. A conclusão é de especialistas do varejo que discutiram o assunto em debate conduzido pelo jornalista da CBN, Heródoto Barbeiro, sobre os problemas operacionais que afligem os supermercadistas.
O supermercado é corresponsável por tudo que comercializa, já que o consumidor, na maioria das vezes, não tem condições de identificar a quantidade de agrotóxico presente nos alimentos. “Já existem países que fazem o rastreamento, mas é um processo difícil de ser realizado”, diz Roberto Longo, vice-presidente de Assuntos Jurídicos da APAS e diretor do Sonda Supermercados.
Além de Longo, o assunto foi debatido também por Márcio Milan, vice-presidente de Abastecimento da APAS e diretor do Grupo Pão de Açúcar; Eduardo Gandra, técnico em nutrição e diretor do Supermercado VIP; e Daniel Vilela, responsável técnico pela qualidade e segurança de alimentos do Sonda Supermercados.
Outro problema operacional que aflige os supermercadistas é a água encontrada em pescados e no frango congelado. A legislação permite que o frango contenha 6% de água em seu peso final, mas muitos produtos são encontrados com até 20% no ponto de venda. “Para preservar o consumidor, o supermercadista substitui o produto e não é ressarcido”, explica Longo. “Hoje encontramos mais caminhos de diálogo com os órgãos reguladores para encontrar uma solução”, opinou Márcio Milan.
