Uma estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada nesta quinta-feira (28 de abril) aponta que o País deve encerrar 2011 com 1,7 milhão de novos empregos. Apesar da perspectiva positiva, o resultado deverá ser inferior ao do ano passado, quando, segundo dados do Ministério do Trabalho, foram geradas 2,52 milhões de vagas com carteira assinada, um recorde histórico.
“O crescimento [da economia] vai continuar gerando empregos. Não no mesmo patamar do ano passado, mas ainda em um patamar alto. Em muitos setores da economia, podemos considerar que haverá pleno emprego. Os desafios são educação, ensino técnico e qualificação da mão de obra”, disse a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, durante audiência pública na Câmara dos Deputados.
Somados aos 19,3 milhões de postos disponíveis vagos, a demanda por mão de obra poderá alcançar 21 milhões de trabalhadores neste ano, número ainda bastante inferior ao total de 28,2 milhões de trabalhadores disponíveis estimado pelo Ipea. “O Brasil deverá seguir com significativo excedente de força de trabalho, longe ainda do que se poderia esperar como pleno emprego global da mão de obra”, afirma o instituto.
Setores
De acordo com o Ipea, o setor que mais deve gerar empregos neste ano é o de comércio e reparação, com mais de 546 mil novos postos de trabalho, seguido pela indústria, com mais de 503 mil novas vagas, e pela construção civil, com 168 mil novos empregos. Já os setores agrícola e da administração pública deverão registrar saldo negativo na geração de empregos.
O Estado de São Paulo deverá liderar a criação de vagas, com 523 mil novos postos de trabalho. Na outra ponta, o Acre deverá criar apenas 304 empregos novos.
Fonte: G1
