Imagine um supermercado transformado temporariamente em pomar, em lojas que ofereçam aulas de culinária ou emprestem suportes para transportar grandes volumes no teto do carro. Imagine produtos customizados e embalados para proporcionar uma nova experiência e dar prazer ao consumidor. É nesses exemplos, testados no exterior, que Robert Lusch, Ph.D. em administração de empresas e professor da Universidade do Arizona, vê o futuro do varejo.
Segundo o professor, que apresentou a palestra estrutural “Nova Lógica dos Serviços – Inovação na Criação de Valor ao Consumidor” no 27º Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados – APAS 2011 na tarde desta quarta-feira (11 de maio), as lojas devem ser pensadas como plataformas capazes de oferecer atrações para impulsionar o tráfego de consumidores.
Esses serviços e eventos pop-up, por sua vez, diminuiriam a importância do ciclo de redução de preços utilizado atualmente nos supermercados, que convivem com a “economia da concorrência desviadora”, em que a internet, os restaurantes, os camelôs, as lojas de departamento, entre outros, canibalizam o mercado.
“Até 2005, o marketing era feito para os clientes. De lá para cá, temos um marketing com clientes, que baseia sua criação de valor na colaboração com consumidores. Precisamos descobrir como tornar o varejo mais interativo”, defendeu Lusch.
